Pratique a automotivação e fortaleça suas relações interpessoais

Se você quer inspirar sua equipe, sua família ou quem quer que seja, a realizar algo, precisa demonstrar entusiasmo e motivação. Entenda o que você pode fazer para se automotivar e melhorar o resultado de seus relacionamentos, sejam pessoais ou profissionais.

Basicamente somos motivados pelo medo ou pelo desejo, mas precisamos estar cientes de outros fatores como valores, necessidades, nível de vitalidade e também a resistência ou obstáculos que influenciam nossa disposição em fazer o que precisa ser feito.

Às vezes tenho a sensação de estar me sabotando, deixando de dar atenção para o que verdadeiramente importa em minha vida. Quando isso acontece, aumenta um sentimento de culpa por não cumprir com o que havia me comprometido.

Pode ser que isso também aconteça com você, pois a procrastinação é muito comum. E não por isso ela deve ser ignorada, pois prejudica a produtividade e gera stress. Se quisermos acabar de vez com suas consequências, precisamos de dedicação e auto estudo.

Valores x resistência

Afinal, o que é importante?

“Foi o tempo que perdeste com tua rosa que a fez tão importante.” – Saint Exupéry

Quando voltamos nossa atenção para alguém, um bem ou um sonho, ou mesmo uma atividade e percebemos sua importância, criamos um forte vínculo emocional capaz de vencer qualquer barreira.

Uma sensação de missão e sentido nos impele a fazer o que é preciso para gerar satisfação.

A dedicação confere valor, como ensina a raposa ao principezinho, no livro O Pequeno Príncipe de Saint Exupéry (se ainda não leu, por favor procure hoje mesmo um exemplar).

Tudo aquilo em que você pousa sua atenção e confere energia é imbuído de significado, gerando um ciclo de força motivadora de ação.

Desde tempos remotos, é parte da cultura oriental dedicar atenção e energia, como um agradecimento prévio àqueles que precederam, e também aos que conferem conhecimento e meios para a realização de uma tarefa.

Na Índia essa prática é chamada de Pújá, e foi incluída na sistematização do DeROSE Method como parte da prática no nível intermediário, para gerar essa energia motivadora e potencializar a força da egrégora, conceito que já descrevi no artigo Bons relacionamentos aumentam a felicidade e o poder de realização.

Porém, muitas vezes, mesmo temendo ou desejando que algo aconteça, costumamos deixar a ação para depois. Deixamos para depois as pequenas tarefas do dia a dia, deixamos para depois os carinhos e abraços, e também os sonhos e projetos da juventude.

Se você assim como eu, quer ser uma pessoa mais motivada e estimular as outras com quem convive a seguirem juntos, ativamente, na mesma direção já deve ter percebido que apesar dos esforços, há momentos em que nada parece colaborar e tudo conspira para que desistamos dos nossos projetos.

Mas não desanime! Isso faz parte do processo de fortalecimento do sentimento de missão.

“A coisa mais importante sobre a arte é trabalhar. Nada mais importa, exceto sentar todos os dias e tentar.” – Steven Pressfield

Gosto dessa frase de Pressfield, ela remete a ação efetiva, e vejo relação ao conceito de pújá.

Em seu livro a Guerra da Arte, ele chama os obstáculos e dificuldades, que experiencia durante seu processo criativo, de resistência.

Mesmo que você não seja um artista a atitude afirmativa serve para tudo em sua vida. Se você necessita ou deseja realizar algo, não importa o que você precisa fazer, o mais importante é que faça, até realizar.

No artigo 4 armas para vencer as dificuldades você vai descobrir alguns recursos que aprendi com o DeROSE method para vencer esses obstáculos.

Necessidades x satisfação

Quanto mais entendermos o processo da automotivação, mais teremos condições de nos tornarmos melhores líderes, pois uma vez que aprendemos com o autoestudo, podemos aplicar o conhecimento para motivar os outros.

Existem muitas pesquisas sobre motivação, relacionadas às necessidades humanas. As mais conhecidas são:

  • a Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow;
  • a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg;
  • Teoria das Necessidades Dominantes de David McClelland.

Embora sejam distintas, possuem relações entre si.

Não pretendo me aprofundar nessas teorias, minha intenção é apenas destacar alguns dados que podem gerar reflexão para o processo de automotivação e aumento de produtividade e qualidade de vida.

A pirâmide de Maslow

Segundo Maslow as necessidades humanas estão categorizadas em 5 níveis, como degraus, onde vamos avançando a medida que são satisfeitas as necessidades mais básicas, são elas:

  • fisiológicos (respiração, nutrição, sono, sexo, etc.);
  • segurança ( do corpo, do emprego, da família, das finanças, etc.);
  • amor (amizade, família, afeto, etc.);
  • estima (respeito, confiança, conquistas, etc.) e
  • autorrealização (moralidade, criatividade, desafios, religião, etc).

A insatisfação em um nível é que gera a motivação para superá-lo. Sem que haja um mínimo aceitável de satisfação em um nível mais básico não conseguiremos nos motivar nos níveis mais altos.

A Teoria dos Dois Fatores de Herzberg

Herzberg conclui, em seu estudo sobre o bem-estar de funcionários em ambiente de trabalho, que o oposto de satisfação não é a insatisfação e sim a ausência de satisfação, sendo que o mesmo acontece com a insatisfação.

Com isso surgem dois fatores independentes que interferem no nível de produtividade dos funcionários. Os “fatores motivadores” que geram satisfação e os “fatores de manutenção” que são os agentes de insatisfação.

Enquanto os fatores de manutenção, estão relacionados à administração, condições operacionais e ambiente do trabalho, os motivadores estão relacionados ao reconhecimento, realização e oportunidades. Podemos perceber que os motivadores são os níveis mais altos da pirâmide de Maslow, enquanto os fatores de manutenção estão nos níveis mais baixos.

Teoria das Necessidades Dominantes de David McClelland.

A teoria de McClelland diz que todos nós temos três necessidades básicas que regem nossos comportamentos, mas que em determinados momentos ou situações uma delas é a dominante:

  • realização;
  • afiliação;
  • poder.

Para identificar qual a sua necessidade dominante, é preciso perceber de que maneira costuma se comportar.

Por exemplo, se você prefere se envolver em projetos desafiadores, analisando com cuidado os riscos, mas sente-se mais a vontade trabalhando sozinho, e mesmo assim precisa de feedbacks constantes. Provavelmente sua necessidade dominante seja de realização.

Se geralmente você prefere atividades em grupo e faz de tudo para ser aceito pelos demais, evitando dar opiniões, procura não correr riscos e tem um alto senso colaborativo, sua necessidade dominante é a de afiliação.

Agora, se você sente que seus argumentos são fortes e por isso deve assumir o comando e a responsabilidade pela situação. Sente-se bem com alguma tarefa que envolve competitividade lhe conferindo status e reconhecimento, então sua necessidade é de poder.

É bem provável que você tenha se identificado com as três necessidades, mas dependendo da fase da vida ou situação específica, uma delas se torna a característica dominante. É aí que entra o autoestudo.

Observar-se a si mesmo, questionar-se dos porquês em sua vida e ajustar suas ações é fundamental.

Embora ache que todas as três teorias são válidas e se relacionam, particularmente gosto da teoria de David McClellan, pois segundo ela podemos aprender a gerar motivação se estivermos cientes das necessidades que estamos procurando atender.

Disposição e vitalidade

Se mesmo ciente das suas necessidades e valores, estiver dando desculpas a si mesmo, como a falta de tempo, preguiça e cansaço, é bem provável que não haja vitalidade e energia suficientes.

Como vimos, para Maslow a saúde do corpo é a base da pirâmide e sem ela não conseguimos motivação para as conquistas e autorealização, que estão no topo.

Por esse motivo, cuide para se alimentar de forma inteligente, selecionando ingredientes e nutrientes que não roube sua energia, evite os excessos de sal, açúcar, gordura, álcool e carnes.

Procure dar mais atenção a qualidade do seu sono, pois é o momento em que você “recarrega suas baterias”.

Crie um ritual preparando o ambiente da casa para estimular o sono pelo menos uma hora antes de ir deitar-se. Diminua a luz, ambiente, evite as telas de celulares, computadores ou televisão, dê preferência a uma boa leitura, pratique meditação.

Separe um momento do seu dia para fazer uma atividade física, alongue-se e fortaleça seus músculos.

Respire de forma mais consciente e ritmada na maior parte do seu dia. No Pocketbook Respiração, do professor DeRose você vai entender como exercícios respiratórios podem aumentar sua vitalidade e ajudam a administrar o stress.

Seguindo essas recomendações em pouco tempo você vai perceber esse acréscimo de energia e conseguirá dar mais atenção ao que interessa com mais disposição, alegria e entusiasmo que irão contagiar as pessoas com as quais você convive. Provavelmente elas também se sentirão motivadas a seguir você onde quer que você pretende chegar.

“Obstáculos e dificuldades fazem parte da vida. E a vida é a arte de superá-los.” – DeRose

Antes de transformarmos as pessoas e o mundo a nossa volta, devemos começar por nós mesmos e encontrarmos os valores que norteiam nossas ações.

Costumo dizer que “quem não cuida do que tem, fica sem”. Portanto se você tem sonhos, projetos, trabalho, e amores, não deixe para depois, dedique tempo, atenção e energia para mantê-los.

Eu gostaria de saber o que você achou dessa minha reflexão sobre automotivação e se puder contribuir com mais alguma informação, por favor deixe seu comentário abaixo.

Foto de Vlad Chețan no Pexels

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3 respostas

  1. Sim, o que nos move é nosso entusiasmo em fazer aquilo que nos da prazer. Que nos motiva a seguir em frente, a ñ desistirmos do nosso objetivo.
    Muito bom o texto. Gostei

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